SENHOR DO BONFIM RECEBE SEMINÁRIO ESTADUAL DE RECAATINGAMENTO

Quinta-feira, 17 de Abril de 2018
Destruição e consequente desertificação da Caatinga são alguns dos temas discutidos em Senhor do Bonfim, no Seminário Estadual de Recaatingamento, que acontece nesta quinta (17) e sexta (18), no Campus VII da Universidade do Estado da Bahia (Uneb).

Com o objetivo de contribuir para um passo significativo no recaatingamento, o evento oferece uma atualização do panorama do bioma na Bahia, trazendo um histórico das iniciativas já traçadas e uma contextualização das políticas públicas de convivência com o semiárido.

O seminário é promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Coordenação de Pesquisa, Inovação e Extensão Tecnológica (Cepex) e do Pró-Semiárido, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR/SDR), fruto da parceria do Governo da Bahia com o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA).

A abertura do evento contou com a presença do secretário da SDR, Jerônimo Rodrigues, de agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais, agricultores experimentadores, pesquisadores, dirigentes e técnicos de órgãos públicos, professores, extensionistas, organizações não governamentais e instituições de crédito, que contribuem para a qualificação e expansão da escala do recaatingamento na Bahia.

Para Rodrigues, os baianos precisam aprender a conviver com a caatinga em pé. “Precisamos tirar o sustento da caatinga, manejando o bioma, e estamos aqui com uma rica participação, debatendo o que nós temos que fazer para recompor a força que a caatinga tem. E garantir que a gente possa gerar renda, garantir a cultura e garantir que a gente possa ser feliz na caatinga”, disse.

José Tosato, coordenador da Cepex, destacou alguns pontos do evento: " o primeiro objetivo o seminário já atingiu, que é promover um intercâmbio de conhecimentos entre pessoas que têm experiências diversificadas. Temos aqui pesquisadores autônomos, de universidades, agricultores familiares experimentadores, que desenvolveram trabalhos com sistemas agroflorestais na Caatinga, uso sustentável da caatinga através do manejo sustentável. Aqui está sendo uma experiência muito rica". 

Outro ponto lembrado por Tosato é que " temos que compreender juntos quais são os investimentos estratégicos para serem feitos, atualmente, que possam elevar a escala do recaatingamento da Bahia. Temos várias experiências potenciais na Bahia, mas isoladas, e como a gente transforma isso pra uma escala que seja compatível com as nossas necessidades. E por ultimo estamos montando uma estratégia de promoção de uma politica de recaatingamnento, não sabemos se será a curto, médio ou longo prazo e que tudo isso possa ser útil para o plano estadual de convivência com o semiárido que está sendo feito", disse.

Para Elias Rios, diretor-presidente da Rede Pintadas, "o seminário é de suma importância, porque é uma questão que os movimentos sociais já vêm defendendo, e quando a gente vê a preocupação do Governo, através da SDR, em levar essa temática e discutir parcerias para que ocorra um recaatingando, de acordo com a proposta do Seminário" .

Programação

Quinta-feira (17/05/2018)

8h - Credenciamento

8h30min - Mesa de abertura: A Importância do Bioma Caatinga para a promoção do desenvolvimento rural da Bahia

9h10min - Painel 1: O Plano Estadual de Convivência com o Semiárido - Casa Civil/BA

9h40min - Painel 2: Panorama das experiências da ASA no recaatingamento

José Moacir dos Santos – IRPAA 

10h20min - Painel 3: A conservação e o manejo sustentável da caatinga: é hora de um salto mais ousado – histórico e perspectivas - Francisco Campelo – IBAMA/PE

11h - Painel 4: Os SAFs na caatinga como estratégia de geração de renda e enfrentamento à desertificação - Aldrin M. Perez-Marin – INSA

11h30min - Painel 5: Novos riscos de desertificação na Bahia - Camila da Silva Dourado, na Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp.

12h10min - Almoço

13h30min - Mesa redonda: O financiamento da restauração e uso sustentável da Caatinga - BNB, SEMA, Pró-semiárido/CAR/SDR, Bahia Produtiva

14h30min - Intercâmbio de Experiências Concretas:

• Recuperação de áreas degradadas no modelo Savana - Marsha Hanzi
Experiência do Marizá Epicentro de Cultura e Agroecologia de Tucano
• Produzir e preservar - Eduardo Emídio dos Santos
Experiência do Agricultor Familiar Experimentador de Riachão de Jacuípe
• Conservação e uso sustentável da Caatinga - Experiência dos Payayá na produção de mudas e outros produtos com valor agregado em Utinga
• Agrofloresta no combate à desertificação - Marilza Pereira da Silva (Índia)
Experiência do Instituto de Permacultura em Terras Secas – IPTerras
• Projeto MAPBiomasARIDA: monitoramento de processos de desertificação no Bioma Caatinga - UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana
• Núcleo de Estudos e Monitoramento Ambiental - Dr. Renato Garcia - UNIVASF - Universidade Federal do Vale do São Francisco
• O uso sustentável da catinga: gerando desenvolvimento e criando solidariedade, cooperação e cooperativismo. - Nereide Segala, agricultora familiar, Coordenadora Técnica do Projeto Adapta Sertão, presidente da Cooperativa Ser do Sertão e gestora do projeto Pintadas Solar
• Recaatingamento com Comunidades Agropastoris e Extrativistas. - Valdivino Rodrigues de Souza
Experiência de Comunidades de Fundos de Pasto
• Grupo de Pesquisas e Estudos de Lavouras Xerófilas - Erasto Gama e Aurélio Carvalho - IFBaiano
• Fruticultura de Sequeiro no Semiárido: Alternativa para Inclusão Produtiva da Juventude Rural - Experiência da Refaisa/SUAF/EMBRAPA/UESB
• Uso Sustentável da Caatinga – as experiências da Embrapa Semiárido

18h10min - Encerramento do primeiro dia

Sexta-feira (18/05/2018)

8h - Oficina de trabalho: Obstáculos e oportunidades para iniciativas sólidas de recaatingamento na Bahia - manejo sustentável, oferta de água, ATER, financiamento, regramento legal, mudas e sementes, diversificação, agregação de valor, comercialização.

12h - Almoço

14h - Continuação da oficina de trabalho

16h - Roda de conversa: O que podemos fazer no processo de recaatingamento? Como construir uma agenda coletiva?

16h30min - Mesa de pactuações e encaminhamentos

17h - Encerramento

Crédito das imagens: Emília Mazzéi

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