GOVERNO TEMER, PSDB E DEM CEDE E AGUARDA FIM DA PARALISAÇÃO DOS CAMINHONEIROS

Domingo, 27 de Abril de 2018
O presidente Michel Temer anuncia redução no preço do óleo diesel (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Dois dias depois de chamar o Exército para exercer uma autoridade que não tem, Michel Temer cedeu aos caminhoneiros, anunciou um desconto de R$ 0,46 no diesel por 60 dias e disse que a política de reajustes diários de Pedro Parente não existe mais.

Inicialmente, o desconto duraria somente 15 dias, mas o governo decidiu atender a reivindicação dos caminhoneiros paralisados. "A partir daí, daqui a dois meses só haverá reajustes mensais. Assim, cada caminhoneiro poderá calcular o preço do frete com previsibilidade."

Na quinta-feira, Parente negou sua demissão e disse que a política só mudaria com uma outra direção na Petrobras. Indicado por Fernando Henrique Cardoso para organizar a entrega do pré-sal e a privatização aos pedaços da Petrobras, Parente pode cair a qualquer momento e o golpe foi atingido em seu coração.

Temer não anunciou nenhuma medida para 99% da população, que roda a gasolina, nem para as vítimas de Parente no gás de cozinha.

Com o caos implantado por Parente, todo o País estava paralisado.

Por Agência Brasil
O governo federal cedeu e decidiu congelar por 60 dias a redução do preço do diesel na bomba em R$ 0,46 por litro. A proposta foi anunciada na noite de hoje (27) pelo presidente Michel Temer, que fez um pronunciamento depois de um dia inteiro de negociações no Palácio do Planalto. A título de comparação, o presidente disse que esse desconto equivale a zerar as alíquotas da Cide e do PIS/Cofins. Os representantes dos caminhoneiros autônomos não aceitaram o congelamento do diesel por apenas 30 dias, como havia sido inicialmente proposto.

O governo federal concordou ainda em eliminar a cobrança do pedágio dos eixos suspensos dos caminhões em todo o país, além de estabelecer um valor mínimo para o frete rodoviário. Essas determinações deverão constar em medidas provisórias a serem publicadas em edição extra no Diário Oficial da União. A expectativa do Palácio do Planalto é que a paralisação, que já dura sete dias e causa enormes prejuízos e transtornos em todo o país, termine logo.

"Os efeitos dessa paralisação na vida de cada cidadão me dispensam de citar a importância da missão nobre de cada trabalhador no setor de cargas. Durante toda esta semana, o governo sempre esteve aberto ao diálogo e assinamos acordo logo no início. Confirmo a validade de tudo que foi acertado", afirmou o presidente. Temer disse que, nas últimas 48 horas, o governo avançou na negociação dessas novas medidas. "Assumimos sacrifícios sem prejudicar a Petrobras." Ele destacou disse que o congelamento valerá por 60 dias e, a partir daí, só haverá reajustes mensais. "Cada caminhoneiro poderá planejar seus custos. Atendemos todas as reivindicações", ressaltou o presidente.

A equipe econômica foi chamada ao Palácio do Planalto para calcular o impacto das novas vantagens concedidas ao setor. Durante todo o dia, custos, cortes e compensações foram avaliados. Além de restrições orçamentárias, empecilhos legais tiveram de ser examinados. Na primeira rodada de negociações com os caminhoneiros, quando se acordou que a Petrobras baixaria em 10% o preço do diesel nas refinarias durante 30 dias, e os caminhoneiros fariam uma trégua de 15 dias na paralisação, o Ministério da Fazenda estimou em R$ 5 bilhões o valor das compensações do Tesouro Nacional à estatal.

Agora, com a validade do congelamento do preço nos postos – e não na refinaria – pelo dobro do tempo, as despesas serão proporcionalmente elevadas. Segundo o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, as reivindicações custarão R$ 10 bilhões ao Tesouro.

Assista à integra do pronunciamento do presidente Michel Temer:
Edição: Juliana Andrade

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