RELATÓRIO PARCIAL DA PF ACUSA FBC DE RECEBER SUPOSTAS ‘VANTAGENS INDEVIDAS’ DA ODEBRECHT

Quarta-feira, 14 de Março de 2018
Um relatório parcial da Polícia Federal (PF), juntado ao Inquérito 4458 do Supremo Tribunal Federal (STF) em janeiro deste ano, aponta suspeita de recebimento de supostas vantagens indevidas pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), pré-candidato a governador de Pernambuco pelo movimento “Pernambuco Quer Mudar”.

O documento aponta que as investigações sobre o suposto envolvimento do senador pernambucano ainda estão em curso.

O delegado Heliel Jefferson Martins Costa diz no documento que FBC teria recebido, por duas vezes em 2010, recursos do setor de operações estruturadas (SOE) da Odebrecht. Após operação da PF, este setor da empreiteira ficou conhecido como “setor de propinas”.

Segundo o delegado, FBC foi presidente do Porto de SUAPE e secretário estadual de Desenvolvimento Ecnonômico e, por isso, tinha relação próxima com executivos da Odebrecht.

No relatório da PF, João Pacífico, executivo da Odebrecht, confirmou em depoimento a entrega da suposta vantagem indevida ao senador.

Já Benedito Barbosa, outro executivo da Odebrecht, diz no relatório da PF que o suposto pagamento à FBC em 2010 se deu por ele ser um “político de forte atuação no Estado de Pernambuco”, mesmo não tendo sido mesmo candidato em 2010. Paulo Câmara foi escolhido por Eduardo Campos para representar o projeto do PSB depois, em 2014.

O inquérito ainda não está concluído.

Segundo o delegado, é necessária a realização de diligências, especialmente sobre o envolvimento de uma casa de câmbio, em Recife, com o esquema da Odebrecht.

De acordo com esses papaeis, a PF quer descobrir quem é o doleiro de alcunha “TUTAR” que teria feito as operações em Recife e os nomes dos que receberam recursos da Odebrecht através da casa de câmbio em Recife.

O delegado da PF pediu prorrogação do prazo para a conclusão das investigações, tendo em vista que o próprio FBC ainda não foi interrogado nesta investigação.

O relator deste inquérito, ministro Gilmar Mendes, do STF, autorizou mais sessenta dias de prazo para esta investigação.

A decisão do ministro foi em 28 de fevereiro.

A procuradora geral da República, Raquel Dodge, também concordou com o pedido da PF de prorrogação das investigações.


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Zé Carlos Borges

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