WALDIR MARANHÃO ASSUME A CÂMARA, MAS NÃO ENTRA NA LINHA DE SUCESSÃO

Quinta-feira, 05 de maio de 2016
O primeiro vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), passa a presidir interinamente a Casa com o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de seu mandato, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal.

Maranhão, que é aliado de Cunha, se manifestou contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff pouco antes da votação da Câmara, no dia 17 de abril. Ele também é alvo de inquérito aberto pela Operação Lava Jato.

A secretaria-geral da Câmara não prevê nova eleição para presidente da Casa, uma vez que Cunha foi apenas suspenso do mandato, e não casso. No entanto, Maranhão não entra na linha de sucessão caso o vice Michel Temer assuma a presidência da República, segundo primeira avaliação de especialistas reproduzida pelo portal jurídico Jota. Nesse caso, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), seria o primeiro sucessor.

A interinidade de Waldir Maranhão, com o afastamento do presidente da Câmara, é inédita e pode gerar contestações no STF sobre a sucessão, ainda conforme o portal Jota. No pedido de suspensão do mandato de Cunha, a Procuradoria Geral da República aponta o deputado como participante da manobra contra o deputado Fausto Pinato da relatoria no Conselho de Ética que julga Eduardo Cunha.

Leia mais na reportagem da Agência Brasil:

Saiba quem é Waldir Maranhão, que assume interinamente a presidência da Câmara
Com o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de seu mandato como deputado federal, a partir desta quinta-feira (5), quem assume o comando da Câmara dos Deputados é o primeiro vice-presidente da Casa, o parlamentar Waldir Maranhão (PP-MA).

O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, determinou hoje (5) a suspensão de Cunha do exercício do mandato, atendendo a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que apresentou denúncia acusando Cunha de tentar interferir na condução das investigações da Operação Lava Jato. A decisão é liminar.

Waldir Maranhão, considerado aliado de Cunha na composição da Mesa Diretora, foi alvo de holofotes recentemente, após votar contra o prosseguimento do processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Isso porque Waldir mudou de voto em cima da hora e a atitude contrariou a orientação nacional do PP, seu partido. Devido à atitude, o deputado foi destituído da presidência do diretório estadual do partido no Maranhão.

Em sua trajetória política, Waldir Maranhão está em seu terceiro mandato como deputado federal. Ele também é alvo de inquérito aberto com a Operação Lava Jato da Policia Federal, que investiga esquema de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras.

O parlamentar foi citado por Alberto Youssef como um dos deputados do PP beneficiados por propinas de contratos da Petrobras. Waldir Maranhão é citado, ainda, em inquéritos que apuram crime de lavagem de dinheiro no esquema investigado pela Operação Miqueias da Policia Federal, que trata de desvio de recursos de fundos de pensão e lavagem de dinheiro.

Pendências
Maranhão também traz no currículo outros questionamentos judiciais e eleitorais. Em 2010, teve rejeitada a prestação de contas referente às eleições para deputado federal por recebimento de recurso de fonte não identificada. Recorreu da decisão, mas perdeu, de acordo com informações do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA).

Ainda no TRE-MA, o deputado responde a uma representação movida pelo Ministério Público Eleitoral por captação ilícita de recursos. O processo corre em sigilo. Já no Tribunal de Justiça do Maranhão, o agora presidente interino da Câmara responde a ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual.

Por Zé Carlos Borges
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Com informações de Brasília 247

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Zé Carlos Borges

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