Sábado, 13 de fevereiro de 2016
A chuva do mês de janeiro deixou o cenário da caatinga mais verde, as flores desabrocharam e as abelhas têm de onde retirar o pólen. Com isso, os criadores de abelhas estão animados e aguardam uma boa produção de mel. De acordo com a Agência Municipal de Meio Ambiente, a previsão é de que a colheita seja 80% maior do que a do ano passado.
Na Zona Rural de Petrolina e de Juazeiro, na Bahia, o apicultor Camilo de Souza tem 1.600 colmeias, espalhadas por 114 apiarios. Nos últimos anos, ele sofreu com a baixa produção. Em 2015, por exemplo, foram 8 toneladas. Entretanto, para este ano, a expectativa é bem melhor. “Esse ano a gente teve essa chuva e uma florada boa. Ano passado, eu tirei de 8 a 9 toneladas de mel. E este ano, eu quero tirar entre 18 e 20 toneladas”, relata.
A boa estimativa vale para os dois tipos de mel encontrados na região, o mel de abelha com ferrão, que é mais escuro, geralmente utilizado na culinária, como acompanhamento de pães e biscoitos, e também para adoçar bebidas. O quilo dele é vendido a R$15. Enquanto que o mel de abelha sem ferrão, de cor mais clara, tem propriedades terapêuticas e costuma ser utilizado medicinalmente. Com a produção mais lenta, o preço do litro chega a ser vendido por R$ 100.
O meliponicultor Clefson Senna tem 60 colmeias de abelhas sem ferrão e está animado, pois todas estão bem carregadas. “Eu tenho quase certeza que vai aumentar cerca de 80%, choveu bem e com essa chuva, vai ter mais florada e com isso as abelhas vão buscar mais pólen e néctar para a produção de mel”, garante.
Zé Carlos Borges
Com informações do G1
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