'NÃO EXISTE UM GRUPO DE EXTERMÍNIO EM PETROLINA', DIZ DELEGADO DA CIVIL

Desde o primeiro dia de 2015 até a quarta-feira (18), foram registrados na cidade de Petrolina, no Sertão pernambucano, 30 homicídios. Um número que vem assustando a população da cidade. Até o momento, o mês de março registrou 7 mortes violentas. Já em fevereiro, foram seis mortes deste tipo e janeiro foi o mês com maior índice, 17.

Segundo o delegado José Renivaldo da Silva, da 26ª Delegacia Seccional de Polícia Civil de Petrolina, a maior parte dos crimes está relacionada a drogas. “Pelo perfil das vítimas, pelo menos 90% das mortes estão ligadas a drogas, seja pelo tráfico, pelo uso ou por dívida. Não existe uma correlação entre os crimes. Alguns casos estão relacionados a desavenças em presídios e eles resolvem aqui do lado de fora. Então alguns crimes têm esta motivação e muitos deles têm ordem de presídio para haver a execução aqui", disse o delegado Renivaldo.

Com a acentuação no número, parte da população fica apreensiva e boatos começam a circular pela cidade. Em relação a suposta existência de grupos de extermínio, o delegado ressaltou que a investigação acontece em todas as vertentes, mas descartou, pelo menos até o momento, que um grupo esteja agindo para cometer assassinatos pela cidade. “A gente não pode dizer que atualmente existe um grupo de extermínio na cidade. Está se investigando, mas afirmar é uma irresponsabilidade nossa”, disse.

Dos homicídios registrados em março, um estava relacionado à morte do policial militar no último dia 1º em um bar no bairro José e Maria, na Zona Leste. As investigações estão em fase de conclusão. Segundo o delegado Renivaldo, as últimas pessoas estão sendo ouvidas e o resultado do inquérito deve sair ainda esta semana.

“A delegada Sara Machado irá revelar ao final a quantidade de pessoas envolvidas e qual a participação de cada uma no crime do policial. Apenas a morte que aconteceu no bairro Vila Eulália no último dia 10 envolvia um dos participantes do crime”, disse. A polícia já tem a informação de quem teria atirado no PM e a identificação dos outros integrantes.

Amanda Franco
Do G1 Petrolina

Zé Carlos Borges

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